BEN FALA SOBRE SAÍDA DO FIL, SAÚDE MENTAL, NOVO ÁLBUM E MAIS




Durante a turnê nos Estados Unidos, Ben deu uma entrevista para o site The Display, onde fala sobre a saída do Fil, tour, saúde mental e mais. Confira a tradução deita por nós:

Oi, como você está? Nós adoramos quando vocês tocaram aqui ano passado! Qual foi sua melhor experiência quando vieram para cá? E como está a turnê até agora?

O show foi animal! Todos os nossos shows pelo Sudeste Asiático realmente nos surpreenderam. Centenas, se não milhares, de pessoas apareceram e curtiram com a gente. O melhor de tudo é que não tinha grade em nenhum dos shows. Estar tão perto dos nossos fãs e poder interagir tão perto foi uma ótima experiência. É difícil escolher só uma ótima experiência. Só de estar na região já foi a melhor experiência. Nós ficamos impressionados no segundo em que pousamos.


Seus fãs da Indonésia gostariam de saber: por que o nome da banda é 'Neck Deep'? Qual a filosofia por trás disso?

É de uma música chamada 'Boom, Roasted' do Crucial Dudes. Tem uma parte da música que diz "neck deep in what you couldn't be". Eu estava sentado na aula ouvindo música, sem prestar atenção no professor, quando essa frase ficou na minha cabeça. Quanto mais eu pensava nisso, mais eu gostava. Soava e parecia legal, e resumia como muitas pessoas se sentiam em diversos momentos de suas vidas, quando você está "neck deep" nos seus problemas.


Vocês recentemente lançaram versões acústicas do single 'In Bloom'. Primeiramente, por que vocês escolheram essa música para versão acústica?

É uma das nossas maiores músicas, então tê-la "circulando novamente" era definitivamente um objetivo, mas também por ser uma música tão diversa, ter versões diferentes era algo natural. Eu inicialmente comecei a escrever 'In Bloom' de forma acústica, então fez sentido voltar à forma original. Sem contar que a música tem um significado importante para mim, é uma música para meus pais, um pedido de desculpa pelas coisas que fiz quando adolescente e as coisas pelas quais eu os faço passar às vezes. Então, com esse significado por trás da música, torná-la acústica traz um pouco mais esse significado.


Como você imagina as duas versões da versão acústica durante o processo de reorganização? A adição de saxofone de repente veio à mente, já que é um instrumento bastante estranho para ser colocado em uma faixa pop-punk?

Dani, nosso baterista, têm conversado com Tony (Saxl Rose) online e trouxe a ideia dele tocar conosco. Nós sempre tivemos a ideia de colocar instrumentos adicionais em nossas músicas, nós consideramos fortemente ter trompas e cordas no álbum em algum momento e então essa ideia finalmente se tornou uma realidade. Quando tocamos ao vivo com Tony, imediatamente soubemos que tínhamos que gravar essa versão da música. Soou muito bem! Então, realmente, nós queríamos que algo desse tipo acontecesse, mas só quando aconteceu, nós decidimos tornar realidade.


Como foi trabalhar com o Saxl Rose no álbum?

Foi ótimo. Tony é um ótimo músico, não só com o sax, mas em todos os aspectos, ele é um verdadeiro gênio e não tenho dúvidas de que ele irá longe com sua carreira musical. Ele só teve que gravar sua parte e mandar para nós. Foi simples assim. Ele arrasou na primeira ou segunda tentativa e o que ele mandou era perfeito. Então, trabalhar com ele foi tão despreocupado e fácil quanto ele tocando seu saxofone!


Agora vamos falar de seu último lançamento, 'Torn', que é uma regravação de um hit dos anos 90 da Natalie Imbruglia. Por que escolheram esse hit clássico? Alguma razão em especial por trás disso?

Nenhum motivo especial. É só uma música muito boa. Essa música tocou um dia em um restaurante e, enquanto nós estávamos cantando, percebemos "essa seria ótima para fazermos cover!". A música realmente se encaixa no som do Neck Deep, então fazer o cover foi muito fácil. Quando estávamos gravando, começou a ter mais significado para mim e eu comecei realmente a me conectar às palavras. É tudo sobre estar em um ponto de sua vida, seja relacionado com amor ou com outro ponto-chave na vida, e estar dividido entre o que fazer. Estar perdido e não saber para onde ir é algo que todo mundo vai passar e é por isso que eu acho que é uma ótima adição para a compilação 'Songs That Saved My Life'.


Além de 'Torn', quais outras músicas te ajudaram em momentos difíceis?

Falando apenas algumas... 
John Mayer- ‘Waiting On The World To Change’ and ‘Gravity’
Oasis- ‘Champagne Supernova’ and ‘Don’t Look Back In Anger’
City and Colour – ‘Body In A Box’ and ‘Sleeping Sickness’
Less Than Jake – ‘The Brightest Bulb Has Burned Out’
New Found Glory- ‘Sonny’
Blink 182 – ‘Dammit’ and ‘Untitled’
Joni Mitchell/ James Blake (cover)- A Case Of You


O lucro deste cover vai para uma fundação da saúde mental, qual é a sua mensagem para os músicos que lutam contra a doença mental?

A música é uma das maiores saídas que temos como humanos para expressar e analisar nosso mundo. Eu sei que, sem música, e sendo capaz de escrever música, eu não seria a mesma pessoa. Ser capaz de me expressar e escrever letras que descrevam o que estou sentindo permite que eu me entenda melhor do que nunca. Se você está com dificuldades, escreva sobre isso, se você não escreve letras, escreva uma música que soe como você se sente. Música é como a alma soa, então deixe sua alma sair e você perceberá como é bom. Enfim, você está falando sobre seus sentimentos através da música, então, geralmente, a lição é: fale sobre como você se sente. Permanecer em silêncio e engarrafar as coisas apenas leva à frustração e aprofunda ainda mais o problema.


O baixista, Fil, saiu da banda recentemente. Como isso afetou vocês e a turnê que está acontecendo?

Fil saiu do Neck Deep por bons motivos. Sabíamos que ele estava infeliz e ele também sabia, e assim ele tomou medidas para melhorar sua felicidade. Fil tinha uma vida em Los Angeles que estava chamando por ele. Ele tinha amigos e uma namorada com quem queria estar, uma carreira de compositor e vários outros talentos que ele queria usar mais do que ele queria estar em turnê por meses e meses. Como banda nós alcançamos tanto, qualquer um ficaria feliz com o que conseguimos e Fil chegou naquele ponto em que ele sentiu que suas paixões e futuro estavam em outro lugar. No sentido de como isso afetou a banda, é triste. É definitivamente estranho não tê-lo na estrada ou no palco conosco, mas no final, ele está mais feliz, e é bom para nós agora que todo mundo está focado na banda e quer estar em turnê tocando em shows, estamos todos na mesma página agora e é bom ter o mesmo objetivo coletivo mais uma vez. Desejamos à ele nada além do melhor e esperamos que ele tenha todo o sucesso que possa ter.


Seu último álbum significa um processo de amadurecimento que está acontecendo com você como músico, mas também como pessoa. Existe alguma influência especial que você gostaria de dizer?

A morte do meu pai foi uma grande influência nesse álbum. Enquanto estávamos escrevendo, me encontrei gravitando em direção à canções sobre a morte e nosso propósito na vida, bem como aceitando que coisas ruins, como morte, perda e mudança (embora não necessariamente uma mudança ruim) acontecerão com todos nós. Uma vez que eu escrevi o termo 'The Peace and The Panic', isso me deu uma ideia real do que seria o álbum. É sobre o bem e o mal na vida coexistindo. É sobre mudança e abraçar a mudança. Vendo a vida como uma grande montanha-russa cheia de reviravoltas que são ao mesmo tempo aterrorizantes, mas excitantes. Tentamos representar isso com a diversidade do álbum. Canções pop punk, músicas pesadas, canções pop, canções tristes, todo o espectro realmente, e isso representou o passeio que seguimos ao longo da vida. Enfim, deixamos a porta aberta para nós mesmos podermos fazer o que quiséssemos em seguida e deixamos Neck Deep como não apenas uma banda pop-punk, mas uma banda que está realmente aberta para o que quisermos.


Qual seu plano para o resto do ano e quando iremos ver novo material?

Nós temos algumas semanas restantes nesta turnê americana antes de sairmos para a Austrália para uma turnê rápida em dezembro. Então, no início de 2019, temos uma turnê no Reino Unido e na Europa com Don Broco. Depois disso, temos muito tempo livre. Nós trabalhamos muito escrevendo, gravando e em turnê com o The Peace and The Panic e então um merecido descanso é necessário. Mas enquanto aproveitamos esse tempo para relaxar, estaremos fortemente focados em escrever o próximo álbum. Queremos aproveitar nosso tempo para ter certeza de que é o melhor que podemos conseguir e garantir que continuemos a dar passos em frente, em vez de ficar parados ou retroceder. Podemos ficar inativos por um tempo, mas tudo pelos motivos certos, cuidando de nós mesmos e de nossa vida pessoal, mas também reunindo em silêncio o próximo disco que será a trilha sonora dos próximos anos de sua vida! Então, em resumo, não sabemos quando o próximo álbum estará pronto, provavelmente vai demorar um pouco, mas quando estiver pronto, é melhor você estar também!

Fonte: The Display
Neck Deep Brasil. Tecnologia do Blogger.