SAIBA QUAIS MÚSICAS FORAM ARRUINADAS PARA A BANDA



Todo amante de música tem aquela música ou álbum que foi arruinado por uma pessoa ou um momento ruim. Dani resumiu isso muito bem na entrevista dada à Alternative Press quando disse: "música é demais. É demais e é uma bosta ao mesmo tempo, mas no geral é provavelmente a melhor coisa que existe." Saiba quais são as músicas arruinadas para cada integrante da banda e porquê.

A primeira escolha do Dani foi uma música arruinada por uma lembrança ruim, "quando meu avô morreu, eu era novo, tinha 6 ou 5 anos, e foi o primeiro funeral que fui na vida. Eles colocaram as cortinas em volta e tocaram 'Don't Know Why', da Norah Jones, então eu nunca escuto."

Ben também começou com uma lembrança triste, "uma garota com quem eu ia para a escola morreu praticamente no verão depois de sairmos da escola, foi muito cedo mesmo. Ela tinha um problema no coração e morreu. Foi muito triste. E sua música favorita na época era 'I Gotta Feeling', do Black Eyed Peas. Seus pais e sua família queriam que tocasse essa música no funeral, porque era sua favorita e porque ela era uma pessoa muito alegre, então eles queriam que tocasse algo alegre, mas eu acho que isso arruinou essa música para mim, porque me fez lembrar de todo aquele tempo."

Já Sam falou sobre 'Somebody That I Used To Know', do GOTYE. Uma música que nem gosta, mas teve que ouvir tantas vezes à ponto de enjoar e fica louco quando toca em algum lugar, "eu trabalhava na Arena O2 em Londres e eu chegava lá 4 ou 5 horas antes do horário de abertura. Quando eles testavam o som ou testavam a acústica ou algo do tipo, eles tocavam essa música por 4 horas... A música acabava e então começava de novo e isso ficava em loop e me deixava louco. Eu ficava lá algumas noites por semana e não sei porquê, mas era essa música todas as vezes. Então quando toca na rádio eu já começo a pedir para desligarem."

A segunda música citada por Ben foi 'We Found Love', da Rihanna, uma música que ele já não gostava quando foi lançada, mas é muito tocada em Wrexham e o faz lembrar de quando ele era mais novo e ficava bêbado todo final de semana, "teve um tempo que eu estava com uma garota que acabou me traindo, e agora, sempre que ouço essa música, me lembro dessas noites terríveis em que eu saía em Wrexham com essa garota, então eu odeio essa música mais do que possa acreditar. Eu não entendo porquê ainda tocam [a música] nas noites."

West começou falando sobre uma música que ele odeia e acha ruim, 'Take Me To Church', do Hozier, "nós estávamos gravando o Life's Not Out To Get You, na Flórida, no final de 2014 e as rádios americanas tocam só as mesmas seis músicas o dia todo, todos os dias. Por quê? Primeiramente é horrível. E essa música, toda vez que entrávamos no carro, tocava constantemente de novo e de novo e de novo. E então, quando fomos pra casa depois de gravar o álbum, também tocou no Reino Unido, então tocava lá o tempo todo também. Você não conseguia ir para lugar nenhum sem ouvir essa música, me deixava louco."

Já Ben, quando sente que uma música está prestes à se tornar enjoativa por escutar tantas vezes, deixa ela de lado um pouco. Mas nem sempre é possível evitar que uma música seja ouvida tantas vezes, assim como a música da banda Peace, que sua namorada gosta tanto, "minha namorada gosta muito deles, ela gosta mais de música indie e me mostrou algumas bandas bem legais, para ser sincero. Mas ela tinha como alarme do celular uma música do Peace, que eu não sei o nome, e é a pior coisa para acordar. Eu lembro que no começo do nosso namoro era isso todos os dias tocando 8h da manhã. Eu odeio, odeio mesmo. Não consigo ouvir, qualquer que seja essa música do Peace."

Sam também lembrou de como músicas de abertura de séries podem ser irritantes e falou sobre 'I'll Be There For You', do The Rembrandts, música tema de Friends, "é irritante ter escutado isso tantas vezes. Todas as vezes que estou em casa assistindo a série, acho que eu fico muito impaciente, porque eu só assisti Friends na TV, mas só assisto séries na Netflix ou baixo ou algo do tipo, então me canso de ter que ver a abertura com o título e a música tema, me irrita agora."

West, mesmo sendo grande fã de luta livre, também se irritava com a música de abertura, "quando eu era menor, tinha uma música de abertura de luta livre, do Rights To Censor. E a música deles não era música, eram barulhos constantes até tocar o sino. Isso me deixava louco quando eu era criança."

Mas também tem músicas da própria banda que eles já cansaram de tanto ouvir. Dani falou sobre 'A Part Of Me', que eles já tocaram tantas vezes que está enjoado, "é muito tocada desde que começamos a fazer turnê e o Ben não sente mais o mesmo por essa música e liricamente é sobre quando ele era menor."

Sam aproveitou para falar de uma música que não é deles, mas enjoou por terem feito cover dela, 'Welcome To Paradise', do Green Day, "podemos tocá-la e não vai me incomodar tanto, mas escutar não dá, eu tenho que pular. Tocamos tantas vezes que enjoou pra mim."

"Eu acho que tocamos muitas vezes algumas músicas diferentes, mas acho que a maioria que soa como relações... me fazem lembrar de namoros que eu tive ou talvez algumas das nossas músicas mais profundas, talvez nossas músicas sobre morte e perdas e esse tipo de coisa. Acho que às vezes as pessoas dizem 'eu não posso escutar isso, porque me faz lembrar muito do que eu passei', mesmo tendo os ajudado em muitos sentidos, mas é difícil de ouvir. E até para mim, escutar algumas das nossas músicas como 'Candour' e '19 Seventy Sumthin' era algo que, por muito tempo, eu não conseguia fazer, porque me lembrava muito do meu pai e essas coisas. Mas agora estou em um momento em que mudei meu pensamento sobre isso e comecei a pensar nessas músicas como uma saudação à ele, é algo que me traz orgulho", disse Ben.

E quando uma música da sua banda não soa certo ao vivo? West falou sobre como tocar 'I Hope This Comes Back To Haunt You' ao vivo o assusta e ele não gosta, "essa é a única história de fantasma da vida real, ela vem me assombrar nos meus sonhos. É uma ótima música, mas aí nós tocamos ao vivo e tem algo nela que não traduz bem. Algumas músicas parecem boas no álbum, mas quando você toca ao vivo parecem meio estranha. Nós tentamos várias vezes fazê-la funcionar, mas Sam e eu somos grandes defensores para que essa música não aconteça."

Enquanto isso, o Sam ouviu tantas vezes o The Peace And The Panic que já não aguenta mais, "não consigo escutá-lo porque em casa eu não dirijo, então sempre saio com minha mãe e meu pai para onde quer que seja, e eles só tem um CD nos dois carros, que é o nosso. Então sempre que vamos à qualquer lugar escutamos o álbum inteiro do início ao fim e quando acaba, começa tudo de novo, então meu Deus... Nós fizemos algumas viagens para visitar a família e era só isso no carro por horas. Então agora tenho que deixar um pouco de lado antes de colocar e ouvir sozinho."

Para finalizar, Ben falou também sobre mudar a letra de algumas músicas nos shows, "geralmente, se eu mudo a letra para ser algo engraçado, normalmente acontece se tiver um amigo assistindo ou algo do tipo e eu vejo eles fazendo crowd surfing. Normalmente tento encaixar seu nome na música. Acho que uma ou duas vezes eu troquei a letra para ser algo sobre maconha ou algo idiota desse tipo. Mas também há letras que troquei ao vivo porque eu não gosto da letra original e pensei em algo melhor. Em 'Don't Wait' é 'we put them on parade and celebrate what's coming' e eu gostei disso inicialmente, mas quando o álbum estava pronto eu pensei 'caralho, eu deveria ter colocado 'celebrate for nothing'', então eu canto 'celebrate for nothing' ao vivo. Mesmo depois que o álbum está pronto eu escuto e penso 'que merda, eu deveria mudar isso' ou 'talvez isso teria soado melhor'."


Neck Deep Brasil. Tecnologia do Blogger.