BEN E FIL FALAM SOBRE AS HISTÓRIAS POR TRÁS DO NOVO ÁLBUM


Uma semana antes do lançamento do novo álbum, a revista Kerrang! dessa semana trouxe uma matéria bem pessoal onde Ben e Fil contam sobre as tragédias dos últimos dois anos, desde o lançamento do segundo álbum da banda, e as histórias que os inspiraram para escrever o novo álbum, 'The Peace And The Panic'. Confira a tradução que fizemos a seguir:


Em apenas 5 anos, Neck Deep escalou até o topo da árvore do pop-punk. Mas enquanto eles deixavam sua marca por todo o planeta, o mundo rebateu com alguns fortes golpes. Ben Barlow levou James Hickie para dentro do 'The Peace And The Panic' - o álbum mais pessoal deles até agora.

Quando o Neck Deep lançou seu segundo álbum 'Life's Not Out To Get You' em 2015, os pop-punks de Wrexham tinham todos os motivos para acreditar nessas palavras. Naquela época Ben Barlow e seus amigos da banda - guitarristas Lloyd Roberts e Matt West, baixista Fil Thorpe-Evans e baterista Dani Washington - tinham entre 19 e 20 anos, aproveitando os frutos de ser uma das histórias de sucesso do Reino Unido e no meio do que Ben descreve como "uma fase ininterrupta de felicidade".

"Minha vida estava indo bem", diz o vocalista sorrindo. "Eu tinha essa banda que estava indo bem e fazendo turnê pelo mundo, e eu tinha uma boa garota. Nesse ponto nós realmente não tínhamos nada com o que ser negativos."

"Então a vida nos deu alguns golpes..."

Ben está no momento sentado no ônibus de turnê estacionado no hotel em Monmouth, Nova Jersey. O pitoresco município em Holmdel - onde o Neck Deep vai tocar hoje mais tarde na Warped Tour - é o local de uma antiga casa de fazenda onde Bruce Spingsteen escreveu grande parte do seu álbum de 1978, Darkness On The Edge Of Town. Ben, enquanto isso, está tentando explicar como nos últimos dois anos a escuridão se aproximou de sua banda, resultando então em "passando por merda o suficiente por toda a vida".

Começou quase que imediatamente depois do 'Life's Not Out To Get You' alcançar o top 10 em agosto de 2015, quando Lloyd saiu da banda em meio à uma situação que dizia que ele tinha enviado mensagens explícitas à uma fã menor de idade. Depois de dois meses a investigação da polícia de North Wales não trouxe consequências, mas o guitarrista não voltou para a banda, e foi substituído pelo guitarrista da banda Blood Youth, Sam Bowden.

É um testemunho da gravidade das outras coisas que aconteceram com o Neck Deep, mas esse episódio foi logo substituído por experiências mais frescas e mais cruéis. Essas experiências incluem um dia em outubro, no último ano, "o pior da [sua] vida", quando o pai de Ben, Terry, morreu de um ataque de coração. A banda estava no meio de uma turnê pelos Estados Unidos com Pierce The Veil e I Prevail no momento. Ben, que foi informado da notícia devastadora pelo telefone, imediatamente pegou um voo para casa. Seus amigos de banda, incluindo Fil, que perdeu seu pai também menos de um ano antes, em janeiro, tomaram a difícil decisão de continuar na estrada com os membros da equipe e convidados para preencher a parte vocal.

"Isso sempre fica na minha cabeça" revela Ben sobre o pior impacto de uma mudança de vida quando você está milhas distante de casa. "Subconscientemente isso me deixou pensando em não deixar minha casa, porque você não sabe o que terá acontecido quando você voltar - ou não terá acontecido".

É um sentimento refletido por Fil, já que havia uma dimensão adicional à triste simetria entre os dois companheiros de banda na medida e que ambos também perderam amigos muito próximos. Ben perdeu o seu [amigo] em uma overdose de drogas em outubro de 2015; Fil perdeu seu amigo em um acidente de carro em setembro de 2016 - que depois foi relatado em 'Wish You Were Here'.

"Muitas pessoas pensaram que era sobre meu pai quando escutaram pela primeira vez", o baixista explicou. "Não muito depois de saber o que tinha acontecido com meu pai eu recebi uma ligação que dizia que um dos meus amigos mais antigos estava nesse acidente e não sobreviveu. Eu acabei sabendo de muitas pessoas que eu não sabia há muito tempo, o que me mandou à uma fase estranha de reflexão. A música não é só sobre perda - é sobre estar longe de casa."

Sabendo que todas as quatro dessas tragédias aconteceram quando a banda estava na estrada, você os perdoaria pelo menos contemplando a vida de fazer tour completamente.

"Eu fiquei pensando, 'eu vou ficar sentindo saudade de tudo agora para sempre?'", diz Fil. "Mas assim que eu passei pela fase inicial de depressão que vem com isso, e coloquei minha cabeça no lugar certo, eu lembrei que meu pai não iria querer que eu fizesse nada mais, nem meus amigos."

Ben concorda. Ele lembra de passar do período após a morte de seu pai sentado de pijama, em prantos, à dois pensamentos: primeiro, como Fil, ele sabia que seu pai estava "super orgulhoso" dele, e segundo, que sua banda "sempre escreveria sobre experiências".

"Eu não escreveria outro 'Life's Not Out To Get You' só para manter uma imagem viva," diz Ben sobre um álbum que ele descreve como "idealista, mas semi ingênuo".

"Ao mesmo tempo que nós escrevemos para nossos fãs, continuamos escrevendo para nós mesmos," ele continua. "Sempre foi um processo terapêutico.

O resultado da terapia do Neck Deep através de arte é o seu quarto álbum, The Peace And The Panic.

"A grande realização para nós é que há dois lados da vida, o bom e o ruim tem que andar juntos," Ben continua. "É uma dualidade que é inevitável."

No começo de 2016, Neck Deep estava no meio de uma turnê européia com A Day To Remember. Nesse momento, de acordo com Ben, a banda tinha "entre 20 e 30 e poucas" ideias sobre o novo álbum, mas iriam organizar para tornar essas ideias em The Peace And The Panic.

Sozinho, nos bastidores de um show que ele não lembra, o cantor admite "ter um momento". Se sentindo triste, ele pegou uma guitarra, e começou a lembrar de uma incrível história de amor.

"Assim que eu comecei a cantar a letra, eu sabia que isso se tornaria algo especial," ele explica. "Mas tem muito mais na história do que esses quatro minutos - poderia ter cinco versos se eu quisesse."

Ben repetidamente se refere à faixa '19 Seventy Sumthin' como "1975", que presumidamente é o ano em que o homem e a mulher que seriam seus pais ficaram juntos - uma história contada na música. Os futuros Sr. e Sra. Barlow estavam, como descreve seu filho, ambos em "situações estranhas" naquele momento. Sua mãe já tinha sido casada na adolescência, resultando em "uma grande bagunça" da qual ela se livrou rapidamente, enquanto seu pai estava prestes a cometer um erro parecido se casando com uma mulher com a qual ele não queria estar. Em um juramento que seria imortalizado como uma letra na música, a mãe do Ben sugeriu, "Se eu pudesse, então eu te salvaria," com uma risada. Seis semanas depois eles se casaram - uma união que durou até outubro de 2015.

"Eu não achei que eu escreveria algo tão aberto sobre isso," diz Ben sobre uma música que se torna sombria, contando sobre os últimos momentos de seu pai. "Eu não queria ser tão estrondoso sobre isso, mas saiu assim. Todos choraram a primeira vez que escutaram, mas vou precisar separar minha vida um pouco, pois eu sei que terei que cantar essa música ao vivo".

"As pessoas não se encontram mais dessa maneira," ele continua, mudando o foco de volta ao assunto sobre sua música mais pessoal. "Não é tão orgânico, e as pessoas não tem as mesmas morais quando se trata de amor. Meus pais se casaram depois de apenas seis semanas, e eu tenho certeza de que em alguns momentos eles queriam matar um ao outro, mas eles nunca fizeram - e eles nunca desistiram um do outro. Isso me ensinou a como me comportar em relacionamentos, e em como ver a vida."

Ben certamente está colocando em prática o que ele aprendeu. Ele está com sua namorada há 5 anos agora, o qual ele admite que é desafiador quando eles estão longe um do outro durante 9 meses do ano, mas há algo interessante sobre suas menções de moral. Para alguém que passou por pelo menos uma situação notável de ter suas crenças em situações importantes questionada publicamente - chegaremos nisso logo - Ben é claramente um pequeno homem consciente. Ele descreve Happy Judgement Day uma música que é tanto sobre o confuso estado das prioridades da sociedade quanto é sobre política.

"Tem uma cultura muito estranha no mundo no momento, e eu não sei de onde vem isso," ele diz antes de citar a letra 'We all worship celebrities, desperate for identity / Cigarettes and MDMA don't give you substance / Keep your eyes locked tight to the screen / Don't believe everything that you see.'

"Como artista eu acho que você tem que falar sobre coisas importantes," ele elabora. "Eu odeio aquela música do The Weeknd, 'I can't feel my face when I'm with you, but I love it', porque diz para as pessoas: 'Ei, usem drogas. Drogas são bem legais. Seja um idiota, se foda e foda todo mundo.' Não! É merda sem sentido! Eu queria escrever algo que fosse realmente importante, que faz com que as pessoas se importem com as coisas certas, e talvez olhem para si mesmos de forma crítica, ao invés de usar muita droga e ir pro Snapchat."

"Eu cresci muito," ele dá risada. "Eu me sinto a mesma pessoa, porém eu sou um pouco mais cínico e cético. As pessoas sempre disseram que eu sou maduro para minha idade, e eu acho que isso é porque eu sempre tive boas influências. Eu cheguei no ponto em que as pessoas realmente escutam o que a gente tem a dizer, então eu sinto uma certa responsabilidade. Eu estou aqui para causar um impacto que seja positivo."

É uma surpresa vindo de um homem que, em 'The Grand Delusion' sugere, 'Eu estou chegando à conclusão que eu acho que eu queria ser qualquer um, menos eu.'

"Tiveram momentos que eu desejei não ter essa pressão em mim, e que eu fosse uma pessoa normal," ele admite. "Mas se você não se questiona sobre onde você está na vida, e chega à beira de desistir, então você não deu tudo de si."

Próximo ao dia de lançamento de 'The Peace And The Panic', Ben sugeste que o novo álbum da banda tem muito à oferecer para "pessoas que pensam que não gostam [do Neck Deep]". O peso de 'Don't Wait' - com participação especial de Sam Carter do Architects - e as vibes parecidas com o indie de Parachute certamente dá crédito à ideia de que eles estão confortáveis desviando dos parâmetros do pop-punk ("Deixamos algumas portas abertas para nós, assim podemos explorar"). Isso é verdade sobre o que eles estão escrevendo, enquanto eles continuam a contornar os tópicos do gênero (verões sem fim; primeiros encontros) em favor de percepções mais profundas sobre os pensamentos, sentimentos e medos de um grupo de jovens britânicos. Define um exemplo louvável em um momento em que o suicídio é a maior causa de mortes em homens com menos de 45 anos no Reino Unido. Não que a banda conscientemente se propusesse a ser tão pessoal.

"Nunca houve uma discussão sobre o que deveríamos ou não escrever sobre," diz Fil. "Rapidamente ficou claro que haveriam partes do álbum que estariam focadas no que aconteceu. Com as coisas positivas você obviamente quer celebrar, mas com as negativas, quando elas estão pesando muito em você, você quer dar uma conclusão, senão elas acabam com você."

"Nós sempre escrevemos bastante no momento sobre o que estamos sentindo," adiciona Ben. "Nesse álbum era hora de nos tornar um pouco mais reais com nossos fãs. Há coisas na vida que você não consegue evitar - como tristeza, fracasso, ansiedade e morte - mas chegou ao ponto em que isso me mudou pessoalmente, e nós como banda."

Mas quais avanços podem ser feitos para alcançar aqueles que ficaram contra a banda por motivos não musicais? Ben se sentiu incompreendido?

"Não substancialmente," ele responde lentamente, como se não estivesse totalmente convencido de sua resposta. Ele esclarece. "Eu sinto que as pessoas não me conhecem tão bem quanto pensam. Porque eu não coloco muita coisa sobre mim nas redes sociais, me achando e falando o quão demais eu sou, as pessoas devem achar que sou estranho."

A menção de Ben das redes sociais faz com que voltemos a uma das situações mencionadas anteriormente, enquanto a conversa muda para o os eventos que aconteceram em 8 de março desse ano - Dia Internacional da Mulher - quando o vocalista postou um número de (agora deletados) tweets dizendo "Parabéns para as mulheres que não só odeiam os homens," e dizendo para pessoas "exaltadas" se acalmarem nas respostas ao tweet. Na melhor das hipóteses seus comentários poderiam ser interpretados como incompreendidos; na pior, provocativos. De qualquer maneira, eles provaram ser controversos.

"Eu não acho que aquele tweet foi tão ofensivo. A internet é um lugar onde você pode ser uma pessoa diferente estando do lado de quem dá ou recebe."

Então você estava sendo uma pessoa diferente?

"Não, eu estava dizendo que o feminismo é uma coisa boa. As pessoas mais importantes na minha vida são mulheres, e se não fosse por elas eu não seria nada. Eu tenho cinco sobrinhas que são todas ótimas pequenas mulheres, e todas vão crescer para se tornarem fortes e independentes.

"Foi aí que eu percebi que as redes sociais são um veneno," ele diz balançando a cabeça. "As pessoas instantaneamente se sentiram ofendidas com algo que elas nem gostam ou entendem, e elas tinham suas telas para se esconder, então poderiam pular para qualquer conclusão que quisessem. Se você vai criar uma imagem minha baseado nisso, então seja meu convidado."

A atitude de Ben a respeito de como ele é visto não é necessariamente direta. Por um lado ele está disposto a esclarecer para as pessoas que ele não é o homem que as pessoas pensam ("Se alguém quisesse sentar comigo para conversar, ficariam muito surpresos com a conversa que teriam."), mas é complicado pelo fato dele não ser o mesmo homem que era há dois anos atrás - algo que eu posso dar certeza. No nosso jantar anual 'Kerristmas' em 2016 - apenas dois meses depois de seu pai morrer - Ben parecia um homem arredio: seus olhos fixados no chão e suas respostas monótonas. Hoje, contudo, ele está caloroso, recebendo todas as linhas de perguntas, apesar da dolorosa memória, com boa graça e admirável honestidade. Sua companhia é de fato tão boa, que a hora que tínhamos marcado para conversar passa rapidamente sem notarmos.

Por outro lado, ele usa muito daquele tempo sugerindo que ele já está conformado de tais episódios que aconteceram, porque as pessoas continuarão a basear suas impressões nos restos de informações que podem encontrar online.

"Eu não posso me importar se as não me compreendem," ele continua. "Eu não preciso da aprovação das outras pessoas para saber que sou uma boa pessoa, e que eu fiz boas coisas com a minha vida."

E enquanto Ben está notavelmente mais cauteloso com sua presença online, evidencias de seus bons atos podem ser encontradas em sua timeline do twitter. Recentemente, por exemplo, ele twittou uma mensagem sobre Penycae FC, um time de uma vila em Wrexham, no qual o time de menores de 14 anos é patrocinado pelo Neck Deep.

"É um time ao qual eu devo muita coisa," explica Ben. "A pessoa que treina o time agora é filho da pessoa que treinou o time quando jogávamos nele. Ele me perguntou 'você gostaria patrocinar o kit essa temporada?' e eu imediatamente disse 'Pra caralho!' Se não fosse por esse time eu não teria conhecido meu melhor amigo, e isso também me lembra que meu pai ia me ver jogar futebol todo final de semana, sem falta."

"Foi um jeito de devolver ao time tudo o que ele me proporcionou," ele continua. "E as crianças podem falar tipo, 'temos patrocínio do Neck Deep - foda-se você!'"

O resto da banda também estão orgulhosos de carregar esse nome. Uma olhada mais de perto revela que eles também estão no badge da gravadora fictícia do pai de Ben, Terry's Records, assim como na capa de 'The Peace And The Panic'.

"Agora meu pai pode assistir todos os shows. Ele é uma boa sorte para mim agora; ele está me mantendo seguro," diz Ben.

Mais para frente, como qualquer time ambicioso, Neck Deep aspira fazer o dobro: ser uma banda melhor e mais sábios, mais desenvolvidos - tudo enquanto continuam melhorando no mais formidável desafio, a vida, pelo maior tempo possível. É uma ideia expressada em 'Where Do We Go When We Go', a última faixa do álbum, que contém a frase: 'I just want to get one up on life before it kills me.'

"A morte se tornou muito, muito real para mim", diz Ben, um capitão que admite ser "otimista, mas não muito otimista. No final a vida vai dar a última risada e você estará em uma caixa em algum lugar, mas você tem que ter certeza que aproveitou seu tempo da melhor maneira antes disso acontecer."

E se o Neck Deep, como todas as equipes que valessem o seu sal, teria um lema que refletisse a resiliência obstinada que eles demonstraram ao continuar com o que eles amam diante de uma oposição surpreendente, então é melhor encapsulado por uma letra de 'Parachute'.

"É uma das minhas linhas preferidas do álbum," diz Ben antes de recitar de forma orgulhosa.

"'If we don't try, then we won't believe that we could have had it.'"


Ben explica as referências e piadas internas na capa de 'The Peace And The Panic' 

1- "A imagem principal vem de a faixa nove do álbum 'The Grand Delusion', "This straitjacket chokes me up and digs in / This tightrope is swaying in the wind'. Com a música, isso foi uma metáfora para estresse e ansiedade. Na capa do álbum, contudo, ilustra estar em uma corda bamba entre 'A Paz' e 'O Pânico' - tentando encontrar o balanço entre o bom e o ruim."

2- "The Grand Delusion Hotel é outra, mais explícita, referência à faixa no álbum."

3- "Também há referências ao nossos álbuns anteriores. Ned's Diner é, claro, uma referência à Ned the Head, o personagem na capa do nosso primeiro EP 'Rain In July'."

4- "Tem o logo do Terry Barlow Records. Ter isso na capa do álbum, como se fosse uma gravadora real, é demais! Obviamente gravadoras reais querem ser representadas na capa do álbum, mas nós dissemos, 'Isso é algo pessoal', e lutamos por isso."

5- "Sempre tivemos um "personagem" de algum jeito na capa dos nossos álbuns, seja Ned [Rain In July], o tigre de dentes de sabre [A History Of Bad Decisions], Zoltar [Wishful Thinking] e agora... esse cara. Eu acho que nós decidimos que esse cara também é o Ned."

O álbum novo será lançado pela Hopeless Records no dia 18 de agosto. Lembrando que SERÁ VENDIDO NO BRASIL, mas terá uma quantidade limitadíssima, então fique de olho no nosso twitter que no dia da venda postaremos link para que vocês possam comprar!

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