ENTREVISTA: BEN E FIL FALAM UM POUCO MAIS SOBRE O NOVO ÁLBUM



Em entrevista para a Impericon, Ben e Fil falaram um pouco mais sobre o novo álbum, 'The Peace And The Panic', que será lançado em 18 de agosto desse ano. Confira a tradução da entrevista abaixo:


I: Como vocês fizeram para balancear as ideias de todos no processo de produção do álbum fazendo com que ficasse coerente?

BEN: É bem difícil, sabe. Como banda você tem que entrar em um acordo e isso vem com muita conversa e sendo honestos um com o outro e sendo justo também ao mesmo tempo. Você obviamente quer colocar suas ideais em ação, mas tem que ser pelo bem da banda. Eu acho que todos nós chegamos à esse entendimento de como tudo tem que ser equilibrado e como temos que ser justos e honestos um com o outro. A gente meio que foi querendo as mesmas coisas e sabendo a direção que queríamos seguir. Fomos experimentando bastante, escrevendo muitas demos e esse tipo de coisa, e eventualmente chegamos juntos no melhor tipo de combinação entre todas essas coisas.

FIL: Isso acontece muito naturalmente. Muita coisa parecia já certa do nosso jeito, e estávamos tipo "vamos" e então eu mostrava uma coisa, e vinha com uma bateria básica e então o Dani vinha e fazia do jeito dele, que é sempre muito mais complexo e tem as inspirações dele. Então é meio que só levar isso pro grupo e cada um acha seu jeito de colocar sua parte nisso. 

I: Do que vocês estão mais orgulhosos em 'The Peace And The Panic'?

BEN: O progresso geral que conseguimos fazer em termos de conseguirmos progredir com a banda sem comprometer nosso som, mas ao mesmo tempo tentando algo diferente. Tem esses dois elementos no fundo do álbum que são meio pop punks, o que é bem típico das músicas do Neck Deep, mas você também tem esses sons que as pessoas provavelmente não esperam, tentando ser um pouco diferente. Isso é o que eu mais me orgulho. Acho que o fato de conseguirmos fazer essas músicas ficarem boas e conseguir fazer com que elas ficassem coerentes. Não ficou parecendo uma bagunça. Meio que naturalmente tudo ficou certo e o progresso que fizemos foi um grande marco histórico pra banda. Eu sinto como se agora pudéssemos ir para onde quisermos. Eu acho que estamos orgulhosos de tudo isso.

FIL: Tem bastante do pop punk tradicional nele, que somos conhecidos por fazer, mas definitivamente tem algumas músicas que são um pouco diferentes e eu acho que se tivermos que dizer algo, esses são provavelmente os que eu gosto. Eu sinto que isso mostra que não somos apenas um tipo de banda de pop punk, isso mostra que podemos fazer músicas que são um pouco diferentes.

BEN: É meio dinâmico e eu sinto que essas músicas são as que eu tenho mais orgulho e o fato de que isso funcionou, eu acho...

I: Quão importante é para vocês com este lançamento melhorar o típico estilo pop punk?

BEN: Nós escrevemos um álbum muito muito pop punk e isso foi meio que apenas tipo 'vamos mostrar pras pessoas o que podemos fazer em vez de ser aquela banda que todo mundo espera que vá escrever as típicas músicas de pop punk, vamos mostrar que podemos fazer algo a mais'.

FIL: Terceiro álbum. Nós temos que fazer algo diferente agora. Nós apenas escrevemos as músicas, se nós gostamos do jeito que elas soam, ótimo. E é isso.

BEN: E nós nunca quisemos nos separar totalmente do mundo pop punk ou algo do tipo. Não é como se estivéssemos fazendo aquela mudança com a banda porque 'nós vamos mudar agora porque precisamos entrar nas rádios'. Nós sabíamos que se colocássemos um bom balanceamento isso aconteceria naturalmente e não seria esse salto louco para um gênero diferente, mas sim uma introdução lenta ao outro lado do Neck Deep. 

I: Por que escolherem Sam Carter (Architects) como vocalista convidado e como isso veio à tona?

BEN: Nós queríamos fazer algo interessante, queríamos juntar um pouco os estilos e então pensamos 'Se vamos ter um convidado, tem que ser alguém que adicione algo na música, alguém que é algo que você precisa, algo que não é um movimento experado, algo que pode deixar as pessoas um pouco surpresas'. E a primeira coisa que pensamos foi 'um pouco de Carter nessa parte seria demais! Vamos tentar arrumar um jeito'. Nós sempre apoiamos eles e eles sempre apoiaram a gente, nós sempre amamos tudo do Architects. É um respeito mútuo e amor mútuo. E eu acho que o Sam pensou que fosse algo legal pela mesma razão, é algo um pouco diferente, algo inesperado, não é ele fazendo vocais em outra banda de metal e sendo outra música de metal, foi uma junção legal para ambos.

I: Esse álbum parece ser o seu mais pessoal. Quais tópicos em particular foram especialmente importantes para vocês?

BEN: A morte é algo muito pesado. Tem algumas músicas que acabaram sendo muito sobre a morte e a perda de alguém. Nós dois perdemos nossos pais, perdemos nosso amigo e acabamos escrevendo músicas sobre essas duas coisas. Ultimamente o que eu vejo é que nós passamos por muitas coisas como banda e como pessoas nesses dois anos que se tornou sobre ver não só o lado positivo da vida, sem perder esse lado de ver as coisas positivas, mas entendendo que com algo bom vem também algo ruim, e meio que colocando os dois em equilíbrio e ver como os dois estão constantemente trabalhando juntos. Você nunca vai escapar das coisas ruins, mas não significa que não tem coisas boas.

I: Vocês podem dizer o raciocínio por trás do título do álbum?

FIL: O título do álbum foi 'Where Do We Go When We Go' por um bom tempo, o que acabou sendo o título de uma das faixas, que obviamente já foi lançada agora. Eu lembro quando estávamos falando sobre mudar para 'The Peace And The Panic'. Nós estávamos gravando uns vocais de uma faixa e isso era uma das letras.

BEN: Isso meio que marcou, e eu fiquei uma hora pensando 'The Peace And The Panic é bem legal' e eu senti que resumia bastante o que eu estava escrevendo sobre. Eu estava escrevendo bastante sobre essas músicas que tem esse equilíbrio entre o bom e o ruim e eu sinto que 'The Peace And The Panic' resumiu bastante isso de um jeito mais eloquente. Bem melhor que que chamar o álbum de 'The Good And The Bad' [risos]. Era cativante e eu acho que logo quando eu disse foi tipo 'isso fica bem melhor'.

FIL: Especialmente esse álbum, a maior parte é sobre nossos dois últimos anos como banda e como pessoas, e foi tipo 'isso fica mesmo na cabeça'. Nós temos bastante coisas incríveis, muita coisa positiva acontece, mas também as piores coisas.

BEN: Eu tive um momento, que resume bem 'The Peace And The Panic' perfeitamente. Eu estava me estressando muito estando no stúdio, estressado e ansioso, não conseguia entender minha cabeça com o que estava acontecendo, eu escrevi umas 14 músicas direto dos vocais em 1 mês naquele ponto, o que é completamente cansativo. E eu tive um momento comigo, no apartamento pequeno que estávamos ficando, entre o pânico de 'ah, muito estressado, muito ansioso...' e eu tive um momento de alívio onde tudo fez sentido, eu comecei a pensar sobre a minha vida e porquê eu estava fazendo o álbum, e minhas relações... Tudo. E eu pensei 'isso é The Peace And The Panic, é disso que estávamos falando. É o equilíbrio entre os dois'. Acho que é um bom jeito de resumir.


O álbum já está em pré-venda e você pode comprar nesse link: Clique Aqui
Duas músicas (e clipes) já foram lançadas e você pode a seguir:




Neck Deep Brasil. Tecnologia do Blogger.